sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O Nascimento Espiritual

              Temos que acabar com o processo do "eu humano" (EGO) para que nasça o SER.
Não cometamos o Erro de nos dividir num "eu Superior" e num "eu Inferior". Isso que os estudantes espiritualistas chamam de "eu superior" não é o Ser, mas sim, uma forma refinada do "eu humano"(EGO), uma modalidade sutil de autodefesa que utiliza o "eu humano" para se sustentar e permanecer, é um conceito refinado de Satã, uma escapatória sutil que utiliza o "eu humano" .
             É preciso morrer para viver. É preciso perder tudo para ganhar tudo. Temos que morrer com morte de cruz para ter direito a viver. Sobre o cadáver do eu humano (EGO) nasce o Ser (Essência, Consciência) cheio de glória e de poder. O eu humano (EGO) que aparecer em todas as partes; quer que todos os aplaudam e o admirem; deixa crescer o cabelo e a barba, veste se com estranhas vestimentas para andar publicamente pelas ruas, para que os incautos o chamem de Mestre, "irmão maior", etc.
             O eu do homem (ego) se despe como a mulher rameira para mostrar seus poderes, suas qualidades, sua origem. O eu do homem (ego) quer ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e nas praças públicas. O eu do homem (ego) não tem modéstia; tudo fala, tudo diz, tudo conta sem recato algum; o eu do homem é como o artista: trabalha para que os outros o aplaudam e admirem, "Vaidade das vaidades, tudo vaidade".
              O eu humano (ego) esta cheio de ciúmes. O eu do homem se disfarça com á túnica de Aristipo; conta a tradição de Aristipo , grande filósofo grego; querendo demonstrar sua sabedoria e sua humildade, se vestiu com uma velha túnica cheia de remendos e buracos. Empunhou então Aristipo o bastão da filosofia, e cheio de grande humildade se foi pelas ruas de Atenas. Assim chegou Aristipo até a casa de Sócrates. Quando Sócrates o viu chegar, exclamou: "Ó Aristipo! tua vaidade é vista através dos buracos da tua vestidura!".
               O eu do homem (ego) sabe ocultar a ira entre recipientes de gelo. O fogo da cólera entre gelados recipientes cheios de beleza e perfume inefável; denomina os ciúmes de "prudencia", a ira de "confusão" ou "nervosismo" e assim por diante.
                De fato, em meio ao incenso da oração se esconde o delito.O verdadeiro Mestre nunca diz que é um Mestre. O verdadeiro Mestre não é facilmente reconhecido; veste se como qualquer aldeão e anda por todas as partes de forma anônima e desconhecida.
               o eu (ego) deve morrer totalmente para que nasça o Ser. O Ser é o que é, o que sempre foi e o que será. O Ser é a vida que palpita em cada átomo, é o Altíssimo dentro de nós. O ser é impessoal, é o Íntimo, é o Altíssimo dentro de nós. o Ser está além do desejo, além da mente, além da vontade, além da consciência. O Ser está bem além da inteligência. "A razão de Ser é o próprio Ser". O Ser é a vida.
                                                                                                                Samael Aun Weor



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